Com luxo, talento e sofisticação! Assim o Brasil foi representado na 78ª edição do Festival de Cannes, com a première de “O Agente Secreto” . Neste domingo (18), o longa foi exibido pela primeira vez para o público e os famosos capricharam na produção para cruzar o tapete vermelho.
Camila Pitanga surgiu belíssima no red carpet do evento. Ela optou pela grife brasileira de Paula Raia para a sessão VIP. Os atores do filme Wagner Moura e Maria Fernanda Cândido também monopolizaram os flashes. Assim como Bárbara Paz, que fez bonito com longo de veludo preto e gola alta.
Além da estreia brasileira, o sexto dia de evento também contou com outras sessões e, portanto, a presença de muitas celebridades passando pelo festival: Camila Queiroz, Marina Ruy Barbosa, Isabella Santoni, Daisy Edgar-Jones, Halle Berry, Julianne Moore, Riz Ahmed, Edward Norton e todo o elenco do filme “O Esquema Fenício”, de Wes Anderson.
‘O Agente Secreto’ é aplaudido por mais de dez minutos
Se depender da estreia em Cannes, “O Agente Secreto” tem tudo para repetir o sucesso de “Ainda Estou Aqui”. O filme foi aclamado pelo público e aplaudido por mais de dez minutos quando os créditos subiram.
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Alice Carvalho, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Wagner Moura, Emilie Lesclaux e Kleber Mendonca Filho em Cannes
O filme é uma das grandes apostas do Brasil nesta temporada de premiações e está concorrendo a Palma de Ouro, prêmio máximo do festival de cinema francês, um dos mais importantes e influentes do mundo.
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Estrelado
Do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, o filme conta com um elenco para lá de estrelado. Capitaneado por Wagner Moura, o elenco ainda tem nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Hermila Guedes, Thomás Aquino, Edmilson Filho e o alemão Udo Kier.
O filme é uma coprodução entre Brasil (CinemaScópio Produções), França (MK Productions), Holanda (Lemming) e Alemanha (One Two Films) e terá distribuição no país pela Vitrine Filmes.
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Frame de ‘O Agente Secreto’ — Foto: CinemaScópio/Reprodução/Festival de Cannes
Qual é a trama de ‘O Agente Secreto’?
Ambientado em 1977, o longa acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura. O suspense se desenrola em meio à atmosfera política e social daquele Brasil da década de 1970.
O filme marca também a primeira parceria entre Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura, uma colaboração que já era esperada há tempos por ambos. O diretor contou que o filme foi escrito especialmente para o ator:
“Este filme foi criado especialmente para ele depois de anos tentando ajustar os ponteiros para trabalharmos juntos. O roteiro foi escrito ao longo de três anos até que chegou a hora de enviá-lo e ver se ele se interessaria. E a reação dele foi sensacional”.
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Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura — Foto: Divulgação – Laura Castor
E do outro lado, o entusiasmo era mútuo. Wagner Moura, não escondeu a satisfação com a experiência: “Foi uma das melhores experiências que tive em sentidos diversos. Trabalhar com Kleber era quase uma obsessão desde que vi ‘O Som ao Redor’. E estar em Recife, quase 25 anos depois de estrear ‘A Máquina’, a peça de João Falcão, e viver essa cidade incrível com Kleber, Emilie e seus amigos, que agora também são meus… sobretudo, saber que, para além da alegria de estar no Nordeste falando minha língua, eu estava fazendo um filmaço”.
“E Cannes é a minha primeira memória de ter conversado com Kleber, no ano de 2003, quando estive lá com o filme ‘Cidade Baixa’, dirigido por Sérgio Machado, e ele estava cobrindo o festival como crítico de cinema. Tudo fazendo um sentido lindo danado”, contou.
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Kleber Mendonça Filho posta foto com Wagner Moura e Maria Fernanda Cândido em Cannes — Foto: Instagram
Quem são concorrentes à Palma de Ouro?
Em meio a uma série de debates sobre o atual estado da produção cinematográfica brasileira após a conquista do nosso primeiro Oscar, dado a Ainda Estou Aqui, de Walter Salles em março, Kleber retorna a Cannes cercado por uma concorrência pesada.
Com rostos novos, recém-chegados ao certame francófono, como a espanhola Carla Simón e a japonesa Chie Hayakawa, mas há medalhões como os Irmãos Dardenne (da Bélgica), Lynne Ramsay (da Escócia) e Wes Anderson (dos EUA).
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Juliette Binoche — Foto: Reuters
Veja quem são os 22 concorrentes à Palma de Ouro de 2025:
- “O Esquema Fenício“, de Wes Anderson;
- “Eddington“, de Ari Aster;
- “Ressurreição“, de Bi Gan;
- “Jeunes mères“, de Jean-Pierre e Luc Dardenne;
- “Alfa“, de Julia Ducournau;
- “Renoir“, de Chie Hayakawa;
- “A História do Som“, de Oliver Hermanus;
- “La Petite Dernière“, de Hafsia Herzi;
- “Sirat“, de Oliver Laxe;
- “New Wave“, de Richard Linklater;
- “Dois procuradores“, de Sergei Loznitsa;
- “Fuori“, de Mario Martone;
- “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho;
- “Dossiê 137“, de Dominik Moll
- “Foi Apenas um Acidente“, de Jafar Panahi;
- “Morra meu amor“, de Lynne Ramsay;
- “O Mestre“, de Kelly Reichardt;
- “Mulher e Criança“, de Saeed Roustaee;
- “Águias da República“, de Tarik Saleh;
- “Som de Queda“, de Mascha Schilinski;
- “Romeria“, de Carla Simón;
- “Valor Sentimental (Affeksjonsverdi)”, de Joachim Trier.